quarta-feira, 29 de julho de 2015

As escolhas

Dentre tantas escolhas que você faz na vida, tem algumas que são dolorosas e insistem em assombrar de vez em quando. Não sei, quando coloco minha cabeça do travesseiro penso: Será que é isso mesmo? Tem só esse caminho? As mãos gelam, aquele frio tão repentino e intenso me tomam... E, daí uma lágrima escorre. Mas, aí eu penso novamente: "O jeito seria não viver mais essa vida, já que, não existe um apagar de memórias aqui e do outro lado eu teria um conforto". Será que seria assim mesmo? Então, sei lá, é tão confuso, é tão frio, é tão sofrido, um retorcer de alma e tripas. Portanto, como seria se não fosse assim? Se não o tivesse? O que seria estar nesse exato momento? Estaria a escrever esse pequeno texto aqui? Daí, olho todos os cantos do quarto, procurando uma cura, procurando extirpar esse sentimento do meu peito com todas as forças e por que esse danado não sai daqui? Por que não vai simplesmente pro inferno com isso? Quero escutar Chavela Vargas... Ai! Chavela! Você entende não é? "Hay momentos en que quisiera mejor rajarme Y arrancarme ya los clavos de mi penar" Eu sou La llorona... sou mesmo e não nego. Gostaria de não ser tão sentimental e por vezes ser tão insana, ridícula e idiota. É, essa bem a verdade. Será que existe uma morfina específica para esse caso? Essa dor? A quem eu quero enganar? Eu não posso. Sou incapaz... Isso não sairá de mim. Nada basta... E a minha fome a apertar, pois, a comida não desce a goela. Anda-te! Levanta essa bunda do tapete! - a fome me diz. Aí o cartaz a minha frente completa: "Devuélvela a la vida" Mas, a vontade é rasgar-me a garganta e deixar um bilhete que ia dizer somente: Não suportei o Amor. Fui!

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