sábado, 6 de novembro de 2010

Dos risos forçados à solidão...


Um estado no qual uma máscara é necessária, ato mais que teatral, mostrar o riso enquanto queres mergulhar no próprio choro. Lamentar aos quatro ventos sua vida... Sim, eu me reservo ao direito de lamentar, chorar, questionar sobre a minha vida, não adianta o quanto queiram dizer que isso não faz bem, mas satisfaz um pouco anestesia a minha dor, a minha solidão, a minha solitude tão companheira, eu já me conformei com esta situação a tanto tempo familiar, sou dona de meu mundo, sempre fui assim e creio que continuarei assim por um longo período. O que o futuro me reserva? Já sonhei, já tive pesadelos com o meu futuro e não tive surpresa alguma: Estava sozinha! Tenho a sensação que não serei a esposa de ninguém... É uma poderosa liberdade ser solitária, mas também confesso que por certas vezes um fardo pouco pesado de se carregar consigo.
Quem será parte de mim? Parte desta mente, alma, ser, corpo metafísico... Uma total complexidade de filosofias, ideais, princípios e fins. Tenho uma total compreensão de mim... Tenho uma certeza infindável do que desejo para mim... Tenho facilidade para negar o que aos meus olhos e razão não complementa meu mundo.
Atualmente tento transparecer uma alegria que para mim quase não existe, pois, não quero compartilhar minha tristeza, meus lamentos, minhas lágrimas etc. Atrás do meu sorriso há solidão... Risos forçados para manter o equilíbrio entre mim e as pessoas. Escuto copiosamente os lamentos de outros, mas não quero os meus lamentos espalhados e alcançar quem me deseja o mal e se intensifique e que muito menos sintam pena.
A minha solidão é minha senhora e o meu conhecimento o meu senhor. Estranhamente tem me modificado, para não mais sentir o sofrimento, para me fechar ao mundo de ilusão e devaneios. Tenho me endurecido lentamente através dos risos forçados até chegar a minha completa solidão.




Por J.Marques