sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

O Bruxo


Caminhei até um lugar...
Um lugar desconhecido.
Em meio de uma grande loucura e risos...
Olhos negros me fitavam...
Senti um arrepio em meu peito...
Tentei fugir, tentei me esconder.

Eu não era capaz de sumir daqueles olhos...

Cheio de graça e aromas...
Olhares e sorrisos...
Bebida e sons...
Cabelos e desejos...

Bruxo...
Bruxo que me enfeitiça...
Bruxo que deixa-me em transe com o timbre de sua voz...
Bruxo que deixa-me entorpecida com o seu perfume...
Bruxo que me enlouquece com sua ausência...
Bruxo consegues enxergar dentro de mim...

Eu não fui capaz de fugir daqueles olhos...
Não quero fugir... quero descobrir o que ele traz em seu âmago.
Quero beber de sua alma...
Extrair o melhor de seu interior e mistério...

Me leva através de dimensões... e de eras.
Não me importa o quanto dure...
Mas que seja intenso...

Irei deixar marcas que nunca desaparecerão da sua mente...

Que assim seja...



Estátua


Ás vezes sinto-me como umas estátua esquecida em algum canto qualquer... Sofrendo com as ações do tempo. E continua ali imóvel, sem poder se mexer para nada, não pode fazer nada, ali parada sempre e o tempo a passar... passar... e passar, sendo cruel, pois ele não espera por ninguém, nem que você implore e suplique.

Estátua amarelada e sem vida, sem liberdade, sem sentimentos e o tempo esmagadoramente passando por ela, pois ele é cruel e torna-se cada vez mais cruel, o tempo não pára, ele não vai esperar até que ela se mova e ela vai virar pó através dele. Virar pó sem ter sido real... uma mulher paralisada, fraca e que não viveu o que quis. Como poderia? sendo imóvel? Sendo presa naquele gesso... Mas o tempo! Ah! o tempo... ele não esperou e o tempo passou por ela e no fim ficou no mesmo lugar.


Assim como acá estou... no mesmo lugar o tempo passando por mim.