quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Não demore

Homem,
não demore onde não valorizam a riqueza de tua poesia!
O valor do teu sorriso e o brilho do teu olhar.
Não demore onde você profere poesia
e o olhar do outro está distante dos seus.

Não demore e esteja longe.

domingo, 27 de setembro de 2015

Casa Preta

Os meus pés seguiram um caminho,
Sobre aquelas pedras antigas,
Quantos passos... quantas histórias ali passaram.
Passos de casais se amando...
Passos de bêbados serelepes...
Naquela noite de almas ardentes,
Almas que sorriam em um grande frenesi,
Ah! Os Violões... As cordas vibravam frenéticas,
Eram batidas de percussão, corações, palmas
e pés tocando o solo com firmeza,
Fui tomada incrivelmente
Não morava mais em mim
Comungava com Deuses
Comungava com Índios
Comungava com vocês
Comungando com esta Casa Preta
Tocando o céu com o olhar
E beijando corações...


quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Epifania VII

De mim Amor, só levará essas palavras. Essas últimas palavras...
Desse Amor imenso que te acolheu, que te amou e que acalentou.
Aqui as lembranças permeiam e mais nada o que construir restou.
Morará comigo seus risos, sorrisos, gestos, vocabulários e de vez
em quando sentir um arrepio e frio no estômago por algo lembrar.
Meu bem, siga em frente! Não tenha medo onde seus pés irão...
Só tenha certeza que eles caminharão em rumo a mais plena paz!
Seja feliz e fuja de lugares vazios. Onde não habita o Amor e luz.
Guarde o meu mais belo e largo sorriso e sinta de longe meu afago.

quinta-feira, 17 de setembro de 2015

Hoje

Eu só queria caminhar pela cidade.
Era como um saudosismo antecipado.
 Olhei para o seu céu negro, meio nublado, porém, com o sorriso da Lua bem estampado entre os edifícios.
Queria caminhar pelas ruas até ficar um tanto cansada, ver as pessoas retornarem ao lar com olhares tão perdidos em seus pensamentos, até não sentir outra coisa que pulsa aqui dentro de mim, algo vivo, flamejante e que dança com o vento.
Queria chegar tão cansada que só pensasse em tomar um gole de vinho e dormir. Portanto, ainda olho mais uma vez a Lua e lembro do seu sorriso.

segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Epifania VI

Enquanto meus pés deslizavam sobre as folhas verdes das gramíneas... Ergo a cabeça e olho para o céu: sem nenhuma nuvem e o sol tinindo. Meu coração palpitou mais rápido como se fosse um cavalo selvagem a correr livre. Daí, vem a mente lembranças de um tempo já deixado para atrás, mas, que deixa na boca um gosto metálico de saudade. E um cheiro bem familiar está lançado ao ar e vem ao encontro de minhas narinas, cheiro tão dançante pelo ar como o véu na dança. Sim... era o cheiro dela. Eu poderia sentir a presença da minha doce e bela rosa. Era ela ali no lugar onde eu aprendi a amar a vida...