sexta-feira, 23 de outubro de 2015

As voltas com o Inferno Astral



Era madrugada. E eu, a ter uma conversa com meu pequeno e doce Inferno Astral. Daí, falamos do nosso dia, ambos terrivelmente preenchidos por tédio e um vazio. O que se passa com as nossas almas meu caro? Ele diz não saber. Mas, o que de fato acontece com duas almas que preenchem lacunas e vazios com a poesia? Duas almas em busca do fôlego, um gole de vida, cores e calor. O que levaram de nós meu caro? Parte de nossas inspirações, isso é fato. Estamos flutuando em um mar de sentimentos pretéritos, porém, tão presente e impregnados em nós. Estamos nostálgicos por momentos que deveríamos estar vivendo com todo o fulgor. Estamos nostálgicos de momentos que deixaram de acontecer... que se esvaiu como poeira do deserto em meio a tempestade. Nos nossos lábios, apenas, o gosto meio amargo de um café quente. A cada respiração: nicotina. Estamos depressivos meu doce Inferno Astral. Ele diz: É acho que estamos sim. Vamos sair por aí em busca de respostas. Precisamos saber quem somos na totalidade e nos reerger. Vamos entrelaçar os dedos de nossas mãos e admirar as estrelas... Elas nunca foram tão fascinantes nesses momentos em que queremos rachar nossa existência. Tome mais um gole do café meio amargo... E vamos nessa.


Meu Inferno Astral nunca foi tão bom.

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